Quem sou eu

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Salvador, Bahia, Brazil
Baiano, que gosta da mulher que ama (um dos últimos sobreviventes), bastante comunicativo, sou formado em Publicidade e Propaganda pela FIB/BA e além disso sou um cara muito romântico, a ponte de escrever poesias...

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Aqui vocês vão se distrair e saber um pouco das aventuras e desventuras de um simples mortal que sobrevive pela vida levando umas cheias e outras em vão...

Vou procurar deixar meu BLOG muito interessante no que diz respeito, a me acompanhar neste diario de bordo...

sábado, 6 de fevereiro de 2010


“DESEQUILIBRIO” (Vida de máquina)

Há uma cidade dentro de mim
De ruas chamadas veias
E artérias avenidas
Nesse oceano vermelho do meu sangue
Sigo meu humilde destino
Num simplório barquinho de papel
O vento me leva...
Mas para aonde?

Do que vale navegar pelas marés
Procurando algum cais para atracar
Minhas aflições pelo mundo lá fora
Se meu coração provoca em mim
Um sentimental infarto sem dores, sem a palidez da morte
Simplesmente pelo sentimento que tudo provoca.

Meus atos insólitos incomodam a maioria
Que vivem em rotina de máquina
Bombeia seus corações óleo diesel
Que sentido tem o amor?
Se no eletrocardiograma
Seus sinais vitais são lembranças
De uma linha de montagem.

Registro num pedaço de papel
Meus dias de lucidez e glória
Escrevendo palavras rimadas
Poesias urbanas na fumaça das fábricas
Riquezas de poucos com o suor de muitos
Vejo o mundo como fragmentos de vida
Um eterno canteiro de obras por toda Terra
Não sou e não quero ser
Nenhum operário do mundo!
Vivo e sou diferente

Minha metáfora poética
Insiste provar que a vida
É muito mais que movimentos mecânicos
Retratados em recortes de jornais
E em telejornais que a mídia explora
Estou sozinho contra a ameaça
A grande ameaça da vida de máquina!

Quero escrever e mostrar ao grande público
A alegria de ver mar
A beleza de se namorar
O encanto das coisas simples e belas
Vou escrever para ela
Uma poesia romântica
De alguém que ainda sabe amar
Vivendo graças a Deus
Em desequilíbrio.

Minhas poesias serão eternas
Escritas com lápis, caneta, carvão ou giz
Em papel de pão, chão ou paredes
Ficarão conhecidas em todo o planeta
Servirão de catálogos
e bulas de remédios
Escritas nas ruas e nos muros da cidade
Vão invadir os lares e estarão nas bocas
Irá modificar pessoas...
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Leon Danon, fevereiro 2010