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Salvador, Bahia, Brazil
Baiano, que gosta da mulher que ama (um dos últimos sobreviventes), bastante comunicativo, sou formado em Publicidade e Propaganda pela FIB/BA e além disso sou um cara muito romântico, a ponte de escrever poesias...

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Aqui vocês vão se distrair e saber um pouco das aventuras e desventuras de um simples mortal que sobrevive pela vida levando umas cheias e outras em vão...

Vou procurar deixar meu BLOG muito interessante no que diz respeito, a me acompanhar neste diario de bordo...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

RENATO, o RUSSO, AO FECHAR DA JANELA


Minha juventude por muito tempo foi sem graça, pois nunca fui de andar em turma, sendo filho único, brincava sozinho e nessa brincadeira, me acostumei a criar minhas “histórias solitárias”. De certa forma, minha vida era perfeita, visto que não tinha nenhuma briga, assim como ninguém enchia meu saco. É a vantagem de viver solitário.
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Chegaram os anos oitenta e com ele veio uma leva de bandas de Rock´n´roll que invadia as rádios de todo país e começou a se formar uma legião de adolescentes que digeria seu som e suas letras. Interessante que o pólo do Rock brasileiro estava em Brasília, de lá estava saindo bandas como Capital Inicial, Plebe Rude e em destaque pelo seu líder, a Legião Urbana com Renato Russo, ex-trovador solitário e mentor das principais bandas de lá. Aqui em Salvador os hits da legião não saia da boca da turma do colégio e a gente só ouvia cantarolar “Tempo Perdido", "Eduardo e Mônica", “Quase sem querer” entre outros.
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O meu gostar pelo Legião veio de um colega de Brasília, que estudava comigo e tinha pouco tempo na cidade. Pois bem, o cidadão era um defensor ferrenho da banda. Volta e meia fazia seu discurso “candango” e provava que em matéria de letra, não tinha comparação pra ninguém e exemplificava cantando (numa imitação barata de Renato) “Tempo Perdido” e “índios” – dois sucessos fenomenais. Realmente ele estava certo e suas letras davam um sentido de grandeza a nossa condicional de juventude, principalmente quando a canção falava: “Somos tão jovens...” E naquele tempo como minha pouca idade já surgiam questionamentos sobre o futuro, o nosso futuro num país de geração “Coca-Cola". Anos depois Renato Russo tinha ganhado como melhor cantor do Prêmio Multishow de 96, Por sinal, merecidíssimo...
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Não me esqueço da primeira fita K7 que comprei do legião, era do LP Dois, que estourou a maioria das faixas e chegou a vender mais de 1,2 milhão de cópias, tornando–se, a meu ver, um ícone dos discos do Rock/Brasil. Eu escutava em tudo que era canto, na radiola (naquela época com fita k7), gravador cassete, walkman e acabei gravando todos as músicas. Pronto, estava nas minhas veias a musicalidade do genial Renato Russo. De lá prá cá comecei a acompanhá-lo... Comprava seus discos no maior orgulho, sentia que meu ídolo sofria também do mesmo mal, igualmente a mim, era romântico. Cada música sua era como se estivesse contando uma história que eu tinha acabado de vivenciar. A música caía como uma luva com o meu momento. “Quase sem querer” era meu retrato fiel, e eu que me encontrava numa situação difícil, só queria dizer: “Quando o que eu mais queria era provar pra todo o mundo, Que eu não precisava provar nada pra ninguém?!...”
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Mas um dia Renato Russo se foi... Deixando-me órfão de suas canções feito pra mim, tenho certeza que não sou o único, existem outros filhos sentindo saudades suas.
No mês de outubro, mas precisamente dia 11, Renato calou-se e lacrou sua poesia, a poesia que era feita dos restos de sentimentos e de uma profundidade visceral, ao ponto de tocar na alma, mudar sentidos e significados, dizendo com palavras cotidianas, sem nada de requinte, o que o coração queria ouvir para confortar-se no imperativo amor de quem ama.
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Quando o sol bater na janela do meu quarto, me fazendo acreditar nas coisas que Renato ensinou pela música, viverei um novo dia. Um dia onde jamais será necessário fechar todas as janelas...

domingo, 17 de outubro de 2010

SANTA SEÇÃO


Na última crônica que fiz pra meus blogs, falava do ofício árduo que um escritor de blog passa em fazer seus escritos, para depois esperar que algum leitor passe os olhos e lhe provoque uma grande satisfação, em saber que foi lido, interpretado e digerido. Quando isso acontece é como se a gente marcasse um gol, um gol de placa!
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Eu também sou leitor e faço meu papel de valorizar quem escreve. Todo vez que visito um blog de algum amigo, faço questão de deixar minha mensagem, pelo o popular, mas não tão usado, o comentário. É interessante que o reflexo é imediato: eu escrevo e horas depois tá lá no meu blog a resposta de quem foi visitado. Penso: a sensação que o colega passa em vê na sua postagem, um recado... É gratificante, além de mexer no ego daquele escritor, e, assim, estimular as novas criações literárias. Quem já experimentou não esquece!
A grande tristeza é que pelos comentários postados – ainda poucos, mascaram uma realidade, que provoca um grande vazio com um imenso poder de desestimular quem escreve e gosta de produzir textos de qualquer tipo.
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De uns tempos pra cá, o blogspot criou uma seção na sua plataforma, a estatísticas. Por sinal, bem completa. Graças a ela é que passo aos meus colunistas a freqüência de visitas das suas referidas postagens. Por exemplo, a coluna da Gata Miau-au recebeu 80 visitações com apenas dois comentário. Ou seja, a realidade totalmente sem sentido se for avaliar somente pelo comentário de cada publicação.
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Recentemente, a crônica do mês (outubro) Sentimento “Animal” do blog do Movimento Vamos Adotar Um Cão, em poucos dias de postada teve um boom de visitação com 17 leitores e a tendência é crescer ainda mais.
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Achei super útil essa seção, pois serve de alento ao escritor que fica sabendo, de uma forma indireta infelizmente, pois a graça seria se fosse pelos comentários a respeito dos seus escritos. Ás vezes pra escrever é grande processo, levamos horas... E com ajuda do computador, melhorou bastante, pois antigamente era a máquina de escrever, a gente perdia horas, a correção de uma única palavra dava um trabalhão. Era um tal de passar a borracha tentando apagar o erro e com isso, nossa linha de pensamento ia embora... Ô sofrimento. Peguei isso tudo.
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Leitores valorizem nossos escritores, em qualquer lugar que você os encontre e arranje um jeito dele saber que você viu e leu seu ponto de vista materializado em textos. Eles ficaram muito agradecidos.