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Salvador, Bahia, Brazil
Baiano, que gosta da mulher que ama (um dos últimos sobreviventes), bastante comunicativo, sou formado em Publicidade e Propaganda pela FIB/BA e além disso sou um cara muito romântico, a ponte de escrever poesias...

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Aqui vocês vão se distrair e saber um pouco das aventuras e desventuras de um simples mortal que sobrevive pela vida levando umas cheias e outras em vão...

Vou procurar deixar meu BLOG muito interessante no que diz respeito, a me acompanhar neste diario de bordo...

sexta-feira, 20 de abril de 2012

NETO BAIANO, NÃO. NETO VITÓRIA!


Este jogo com o time do ABC no Barradão me faz lembrar o do Flamengo contra o Olímpia deixando o adversário empatar já com a vitória ganha. Uma coisa inacreditável de acontecer no futebol, até mesmo por Joel Santana, um treinador acostumado a ver de tudo nesse meio futebolístico.

A coisa em comum entre eles foi “o sobrenatural de Almeida” a lá Nelson Rodrigues que apareceu em campo pra causar grandes estragos e surpresas. Primeiro com o rubro-negro carioca: Custou caro esse empate com os paraguaios e prejudicou em muito nossa permanência na Libertadores. O fato é que começamos dali a perder nossa classificação.

Depois veio o meu Vitória que tinha tudo pra se classificar tranquilo em casa e o time do ABC iria aprontar com a gente jogando fora. Não demoraria abrir o placar e no segundo tempo fazia 2X0, para a tristeza, a intranquilidade e o nervosismo dos jogadores, deixando o técnico e torcedores atônitos com o que via em campo: uma grande transformação. O leão apesar de algumas jogadas, não conseguia transformá-las em gol. Quem sabe, a falta de Marquinhos fosse o motivo desse acontecimento. A verdade é que a preocupação crescia e o tempo com o placar adverso, apontava somente uma certeza: A saída da próxima fase da Copa do Brasil.

Nesse momento, estava assistindo comigo a patroa que de futebol, não entende e não faz questão de entender e, além disso, detesta. Sentenciou diante a situação, a derrota! Como pode uma “boca maldita” dizer tal barbaridade? Ainda estava rolando o jogo e confesso que na maioria dos casos, ela acerta. O Vitória seria sua próxima vítima...

Não vivo sob o signo da superstição, mas toda mulher, ou melhor, na sua maioria não gosta de futebol. A minha é daquelas de não querer ouvir nem falar, quanto mais torcer pro um time.
Deixa lá...

Ao acontecer o primeiro gol de Neto Baiano notei que ela estava fazendo outra coisa. Seus olhos não emitiam ao meu time a descrença e a falta de energia para reagir à adversidade. Pois bem, logo em seguida veio o empate e a torcida que saia do Barradão retada voltou para ver o “sobrenatural de Almeida” vestido de rubro negro, fulminando o time do ABC com o terceiro gol e uma classificação desacreditada por muitos.

Não tem como negar que essa vitória maiúscula vai entrar na história, muito mais pelo sabor especial que teve do que qualquer outra coisa: O de vencer pela superação. Pela primeira vez como torcedor vi o Vitória reagir em poucos minutos, pra ser exato, em quinze, da vaia ao grito de gol foi só o momento de acreditar que Neto Baiano, o artilheiro do Brasil, pudesse dá a alegria aos rubro-negros presentes no estádio para assistir outro triunfo garantido do Leão.
Sofremos, mas conseguimos!

O Neto Baiano pra mim é chamado de Neto “Vitória”, pois é daqueles jogadores que veste e sua a camisa, não sossega enquanto não faz um gol, além ser um guerreiro na área adversária. Se o Vitória garantiu sua presença as oitavas do torneio tem de agradecer ao seu camisa 9, centroavante com faro de artilheiro e que este ano está como a bola toda e faz chover. Choveu mas ninguém se molhou... Exceto lá em Natal.

É isso aí, agora o Botafogo.

domingo, 15 de abril de 2012

PESSOAS ANENCÉFALICAS


Esta semana fiquei surpreso com a liberação do aborto de bebês anencéfalos, aqueles de má-formação ou ausência parcial do encéfalo na sua fase embrionária, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Agora já não é mais crime uma mãe abortar nesta situação, de ser obrigada a levar uma gestação, onde a criança tem uma expectativa de vida curtíssima, além de sacrificar também a vida dos pais, quando ficam diante da realidade de criar um filho com uma deficiência cerebral, irreversível e de dimensões catastróficas.

Qual casal ainda vai manter a “tal da felicidade” ao saber num resultado de ultrassonografia, exame necessário ao acompanhamento do pré-natal, que foi detectado essa deformação congênita no filho? Nenhum. É importante salientar que isso acarreta uma série de consequências. A afetiva é uma das mais sentidas, representada sempre pelo o amor de mãe. Pronta para doar-se sem medidas afetivamente e por conta disso, verá que seu amor terá de ser forte e ela guerreira pra suportar cada momento enquanto vida tiver a criança dentro desse trauma todo.

Pra mim é uma baita crueldade sem precedentes prolongar uma vida, ainda que seja em plena gestação e que depois de nascido, enquanto estiver vivo, dependerá dos outros e das máquinas do hospital. Imagine um ser humano sem saber o que está acontecendo – apenas um corpo vazio. Uma criança com cérebro nessa condição acontece isso... Um ser vazio sem existência do consciente. Saibam: Podem nascer cego, surdo, inconsciente e incapaz de sentir dor. Não tendo um cérebro em perfeita funcionalidade tira qualquer probabilidade de ser um indivíduo consciente e de ações reflexas, como a respiração e respostas aos estímulos a sua volta. Existe coisa pior pra uma recém-família que sonha e planeja o futuro do seu filho?

Não deveria nem ter votação pra isso. É uma política suja pra ganhar voto em época de eleição. Não precisava nem votar... Tá na cara que esse tipo de aborto é extremamente necessário. Qual culpa recaiu sobre a mulher se sua gravidez não foi por questões de “libertinagens” e sim por motivo de doença, comprovadas inclusive por exames e, a pesquisa mostra que acontece a morte de 65% dos bebês no útero materno e, quando nascem, sobrevivem algumas horas ou, levando no máximo, dias.

Somente no Brasil a classe política encontra uma maneira de levar vantagem com votação de temas, ao meu e aos outros também, desnecessários. Quem de sã consciência vai querer levar uma gestação problemática, só pra ver seu rebento nascer e não vingar? Tem mais de abortar e seguir a vida em frente, ver onde tá o problema, corrigi-lo e ficar grávida novamente. Para um casal jovem, onde a vida apenas começa, ao passar a tempestade, o resto é só abonança... Entende?


A IGREJA

A igreja alega que fazendo este aborto, providencial ao direito – justíssimo – de não querer conviver com um ser humano já morto, pois não tem nenhum registro em toda face da Terra, de algum sobrevivente com o cérebro nessa condição, vai de encontro com o príncipio da igreja: Os bispos afirmam que "Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso".

De que adianta criar um filho sem respostas vitais. Por acaso, é do tipo de filho pra colocar como quadro na parede da sala? O significado da verdadeira vida não é este e sim, vê-lo brincar, crescer, sorrir a retribuir o amor que lhe damos pela vida inteira. Esteja certo disso.

Qual interesse se tem em manter a vida conforme os princípios da “inviolabilidade do direito à vida”, da “dignidade da pessoa humana” e da promoção do bem de todos, sem qualquer forma de discriminação (cf. art. 5°, caput; 1°, III e 3°, IV, Constituição Federal), se o bebê não passa mais do que poucos dias ou algumas horas de existência. É um grande absurdo a igreja incutir na cabeça de seus fiéis que devemos preservar o existir de um ser fadado a morte anunciada. Como pode querer enxergar vida, se é que há, numa situação como essa, uma criança com má-formação ou parcialmente sem cérebro fazer parte de uma família? Para haver uma providência nesse sentido, só se Cristo estivesse agora entre nós, com sua imensa capacidade de generosidade, a fazer milagres para essas mães premiadas de terem filhos desprovidos de massa cinzenta.

Pergunta a igreja se ela vai arcar com todo ônus de uma vida sacrificada por nada.
Garanto que se um padre pudesse casar e ter filhos, não pensava duas vezes em proceder abortivamente. Usando as mesmas desculpas que tornaram possível a liberação por Lei do aborto de fetos anencéfalos.

As verdadeiras pessoas anencefálicas são aquelas que vivem enxergando vida onde não é possível existir, mas mesmo assim, ainda teimam em levar adiante a insensatez de coisas impossíveis. Como esperar dessa gente um apoio que possa ser solidário no revés de uma gravidez tão inesperada. Será que essas mesmas pessoas não mudariam de opinião se acontecesse consigo?

Estou com a maioria quando defendem o direito de não carregar, por mais dolorosa que seja, uma futura criança que não saberá em momento algum da mãe que a teve, do carinho reservado a ela e o imensurável amor materno, pela impossibilidade de retribuir, pelo simples fato de não ter como perceber em sua plenitude o que o cérebro registra.

O aborto vai evitar antes de tudo, principalmente o apego sentimental de mãe, aparecido numa fração de segundos, ao ouvir o choro do bebê. Nesse exato momento tudo estará perdido e seja lá como veio a criança ao mundo, seu coração explodirá num gostar sem tamanho. A cria que está no seu peito é única e todos os dias serão renovados em esperança... É difícil negar o direito de ser mãe.